Nosso assunto no artigo de hoje é um tema que preocupa muitas famílias. Afinal, por que as crianças acordam durante a madrugada? É preciso investigar o que está acontecendo para que os pais, e também os filhos, tenham uma boa noite de sono.
Em primeiro lugar, é preciso verificar as questões de saúde para saber se está tudo bem com a criança. É importante lembrar também que antes dos 6 meses os bebês ainda podem precisar acordar de madrugada para mamar. Isso é normal. E não podemos exigir algo que ele não pode nos dar. Além disso, desmamar a criança à noite não significa que ela irá dormir a noite toda.
É bastante comum que a criança acorde durante a noite por ter algum hábito de madrugada, como mamar, ganhar um colo, a chupeta ou mesmo um simples toque da mãe. Sabemos que os pequenos precisam ter suas necessidades atendidas durante o dia para não precisar “pedir” à noite. Assim, pode haver algum fator que não está sendo oferecido na quantidade certa durante o dia, como alimentação, afeto, atenção ou mesmo um sono.
Outras vezes, os bebês acordam pelo fato de não encontrarem a mesma situação de quando pegaram no sono. Quando a criança dorme no colo e acorda no berço, por exemplo, ela se assusta e precisa voltar àquela posição para voltar a dormir.
A rotina da criança antes de dormir e durante a noite também precisa ser respeitada. É normal despertar a cada troca de ciclo de sono, mas é importante a criança saber voltar a dormir sozinha nesses momentos. Uma dica é esperar antes de entrar no quarto para dar esse tempo da criança se organizar sozinha e voltar a dormir.
Por isso, antes de ensinar de fato a dormir no berço é preciso fazer essa investigação e preparar a criança e a família para esse momento. Os pais precisam estar seguros do que estão fazendo para que a criança possa se sentir segura também. Assim, será muito mais fácil que todos tenham uma boa noite de sono.
Betina Haubrich é psicóloga graduada pela Universidade Feevale e consultora do sono materno e infantil formada pela Maternity & Parenting Institute, da Califórnia (EUA), e pelo Instituto Mãe, de São Paulo.